sexta-feira, 31 de março de 2017

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: O NOVO RITMO DA INFORMAÇÃO

A autora do texto Educação e Tecnologias: O novo ritmo da informação, Vani Moreira Kenski, faz uma abordagem explicativa sobre o conceito de tecnologia e o papel que assume perante a sociedade. 

Com o nascimento da tecnologia atrelado a necessidade de sobrevivência do homem nos primórdios, ela aponta sucintamente os diversos cenários em que se foi utilizado cada tipo de tecnologia existente, fazendo analogias e relações a outras obras. De maneira simples, afirma que as grandes potencias desenvolvidas - seja países ou corporações multinacionais - "preocupam-se em manter e ampliar seus poderes políticos e econômicos", gerando assim uma segregação socioeconômica, ora nem todos possuem a acesso as constantes inovações tecnológicas. 

Kensnki também faz uma análise acerca de como a tecnologia pode contribuir no campo da educação. A escola utiliza a tecnologia como uma forma de ampliar e facilitar a formação do aluno, que até então não possui conhecimentos e concepções que sejam qualificadas o suficiente para que ele possa se ingressar no meio em que vive. Uma modelagem, então, é feita com o aluno. A educação "de berço" que até então ele tinha, é posta em segundo plano para que o conhecimento técnico-cientifico seja implementado.

Com isso, a autora volta a explicar como se deu o processo de desenvolvimento da tecnologia, fazendo um questionamento sobre o que realmente consiste. De uma maneira bem clara, percebe-se como cada época foi marcada por cada criação tecnológica. Roda, fogo, caça, agricultura, armas, máquinas, tear, carro, geladeira, celular, escrita, número, idioma, prótese dentária, óculos etc, são exemplos de feitos que o homem conseguiu criar. Ele, com a necessidade de facilitar sua vida, se vê criando instrumentos que permitam que suas atividades corriqueiras possam ser executadas de uma forma mais pratica e rápida, já que o trabalho que antes fazia "manualmente" requeria um gasto maior de tempo e disposição. Com isso, ela conclui que as tecnologias sofrem constante mudança e que não faz parte um individuo isolado, e sim se estende ao seu grupo interinamente. 

Há também uma refutação feita sobre o que a tecnologia realmente consiste. Grande parte das pessoas ainda acha que tecnologia apenas refere-se a objetos de última geração que servem apenas para o bem-estar e satisfação própria. Como foi apontado anteriormente, significa muito mais do que isso. Como é dito no texto, "engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações." Tais engenhosidades podem ser tidas por certas pessoas como algo "negativo, assustador e perigoso", como ela mesma afirma, pois há um pensamento de que o homem será substituído pela sua própria criação, e que esta tomará conta de tudo e de todos.

A autora, então, fecha o capítulo salientando que a tecnologia sofre mudanças frequentes ao passar do tempo, e faz um convite ao leitor para a reflexão a respeito de como seria as nossas vida se as tecnologias não existissem.

Num aspecto geral, essa obra permite ao leitor um entendimento maior sobre o que vem a ser tecnologia. Utilizando de uma linguagem bem acessível, é possível entender cada subtítulo, e, em cada subtítulo, os tópicos abordados pela autora. O texto possui partes que se relacionam, fazendo com que o leitor não se perca na leitura, e sim, faça de maneira dinâmica e fluente, obtendo um esclarecimento bem maior. Recomenda-se bastante a leitura desta obra.

Por: Victor L. Santiago Silva, estudante de Radiologia pela UNIGRAN Capital.

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